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Entre a traição e a liberdade: reflexões sobre a música “Getaway car”, de Taylor Swift

Não, nada de bom começa em um carro de fuga

Não é novidade que a Taylor Swift tem uma habilidade única de contar histórias que exploram as complexidades do amor e da perda, muitas vezes com referências sutis a figuras históricas.

Em Getaway Car, ela nos transporta para um cenário onde a fuga de um relacionamento pode trazer consequências trágicas. A compositora faz uma ótima analogia ao casal de criminosos Bonnie e Clyde, criando uma metáfora sobre as consequências dessas fugas.

O ponto de vista da crítica: uma simples análise da música

Estávamos voando, mas nunca chegaríamos longe

No primeiro período do curso de Letras, li o texto A morte do autor, do romancista Roland Barthes, em que ele argumenta sobre a irrelevância do autor para a compreensão de um texto. Barthes menciona que “linguisticamente o autor não é nada além do que aquele que escreve” (p.67), ou seja, o autor (e suas experiências de vida) nada importa para a compreensão de um texto.

Embora a relação entre autor e obra seja mais complexa em casos como o de Taylor Swift, para o texto em questão, proponho uma breve leitura da música Getaway car, levando em consideração apenas a escrita da autora. Porém, não descarto a possibilidade de fazer um post sobre a loirinha, atentando-se aos fatos de sua vida e relacioná-los com as músicas, mas não é o caso deste texto.

Estágios vividos pelo Eu-lírico da música Getaway Car, de Taylor Swift

Eu acendi um fósforo e explodi sua mente

Desde quando a cantora norte-americana Taylor Swift anunciou as regravações de seus álbuns antigos, após perder os direitos autorais, o álbum Reputation (Taylor’s version) tem sido muito aguardado pelos fãs, eu que o diga. Swift perdeu os direitos autorais de seus 6 primeiros álbuns, quando a sua antiga gravadora, a Big Machine, vendeu os masters.

A música Getaway Car, de Taylor Swift, presente em seu sexto álbum de estúdio Reputation (2017), apresenta uma narrativa envolvente e complexa sobre amores intensos, passageiros e fugazes. Getaway Car é a metáfora ideal para aqueles relacionamentos que começam como uma fuga, seja fugindo de outro relacionamento, seja de uma situação difícil ou, até mesmo, de uma rotina monótona, mas que, apesar da excitação do momento, acabam sendo insustentáveis, uma vez que “[…]nada de bom começa em um carro de fuga”.

A música Getaway car retrata bem alguns estágios vividos pelo Eu-lírico, quais sejam: a prisão, a fuga, a fragilidade, a traição e a liberdade. Esses momentos vão ganhando espaço à medida que a história é contada.

Um Eu-lírico aprisionado: a fuga de um relacionamento tóxico

Eu queria deixá-lo//Eu precisava de um motivo

Na análise da música Getaway car é possível perceber que existe um triângulo amoroso e que o Eu-lírico via-se aprisionado em um relacionamento até encontrar outra pessoa. Os versos “Eu queria deixá-lo//Eu precisava de um motivo” reforçam muito bem essa questão. Se houve traição ou não, não é possível saber, mas é fato que o Eu-lírico deixou o seu antigo relacionamento por causa de outra pessoa.

 A prisão, aqui, é muito bem retratada, uma vez que ela é referida ao falar de um relacionamento sufocante em que o sujeito lírico não conseguia mais permanecer. A relação é descrita como algo que aprisiona, cheia de mentiras e o limita de ser livre, seja emocionalmente ou fisicamente. Em um verso aparece “as gravatas eram pretas” e, a partir desse trecho, pode-se pensar em um lugar mais formal onde o Eu-lírico não queria estar. No entanto, apesar de ver-se aprisionado, ele não conseguia deixar aquela relação, se não tivesse algum motivo.

Mais adiante, vamos ver que ele, claramente, encontrou um motivo, mesmo sabendo que aquele envolvimento traria consequências.

A fuga do Eu-lírico: “foi o melhor dos tempos”

“Foi o melhor dos tempos, o pior dos crimes”

A fuga, nesse contexto, muito além de ser física, é também emocional e retrata como muitas pessoas, apesar de serem boas, acabam usando de outras para fugirem de relacionamentos tóxicos. Eu vejo “Getaway Car” como um pedido de desculpas do Eu-lírico para o seu antigo parceiro, não aquele que ele abandonou no início, mas o fugitivo.

Acredito que seja por isso que eu goste tanto dessa música: no fim, o Eu-lírico reconhece que errou. Além disso, ele se desculpa por ter envolvido outra pessoa para fugir de uma situação que, no fundo, só dizia respeito a ele.

Como já dito anteriormente, a canção de Swift descreve um triângulo amoroso entre o Eu-lírico e outras duas pessoas. Ao longo da canção, fica evidente como um desses parceiros foi manipulado para ajudar o Eu-lírico a escapar de um relacionamento, mesmo que, para isso, a voz poética tivesse que enganar e mentir.

Nos versos “Eu acendi um fósforo e explodi sua mente//Mas não era a minha intenção” percebe-se que o Eu-lírico deixou o seu parceiro confuso, seja com atitudes ou falas, uma vez que acender um fósforo pode ser uma atitude simples, mas que causa grandes impactos. Acender um fósforo causaria uma grande explosão, assim como estar em um relacionamento e provocar outra pessoa o deixaria sem entender nada. No entanto, apesar dessas provocações, o Eu-lírico deixa bem claro que essa não era a sua intenção, revelando o seu arrependimento e como o resultado de suas ações saiu do controle.

Nos versos a seguir, percebe-se que o Eu-lírico tenta justificar as suas ações “As gravatas eram pretas, as mentiras eram brancas// Em tons de cinza à luz de velas //Eu queria deixá-lo // Eu precisava de um motivo”, entretanto, eu não vejo como uma tentativa de amenizar as mentiras ou erros cometidos, ao usar de outra pessoa para sair de seu relacionamento, mas sim como uma tentativa de fazer o outro entender em que circunstâncias o Eu-lírico estava e como o ele foi essencial para a fuga daquela relação. Quando o eu-lírico diz “Eu queria deixá-lo //Eu precisava de um motivo” é como se ele dissesse: “olha, eu estava mal, queria deixá-lo, mas precisava de uma razão. Me desculpe, mas eu precisava de alguém para me tirar de lá”. Esse “alguém” acaba sendo o motivo que o encoraja a partir e fugir daquele relacionamento e daquela vida.

A fragilidade: eles nunca chegariam longe

“Nunca tivemos uma chance, um tiro no escuro

Após a fuga, é possível perceber que o próprio Eu-lírico questiona-se sobre suas próprias ações e como os dois fugitivos foram amaldiçoados ao tomarem aquela decisão. Nos versos “X marca o local onde nos separamos//Ele envenenou o poço, eu estava mentindo pra mim mesma//Eu soube desde o primeiro Old Fashioned, fomos amaldiçoados//Nunca tivemos uma chance, um tiro no escuro”, é interessante fazer algumas ressalvas para entender como o Eu-lírico sentia-se durante aquela situação.

O verso “X marca o local onde nos separamos” pode-se entender como o momento em que ambos souberam que não daria certo, e esse local poderia ter sido físico ou emocional. Já o verso “Ele envenenou o poço” é uma metáfora que significa causar danos à reputação de outra pessoa. Apesar de ter saído daquele relacionamento e de se ver em momentos de excitação causados pelas situações vividas, ele parece desacreditado de seu momento atual. No entanto, deseja acreditar que todo aquele envolvimento foi positivo, como revela quando diz “eu estava mentindo pra mim mesma”. Isso dá a entender que, apesar de todo o envolvimento profundo, ele sabia que usar alguém para fugir não tinha sido uma boa alternativa.

Parece que mentir para si mesmo seria uma tentativa de justificar as suas atitudes e relembrar o porquê de ter tomado aquela decisão, mesmo ignorando os sinais de que aquele relacionamento estava fadado ao fracasso, uma vez que ele já não tinha começado bem.

Durante toda a canção, essa percepção do Eu-lírico de que o seu relacionamento não daria certo é o que chama atenção. Desde o primeiro “Old Fashioned”, o sofisticado coquetel que remonta ao século XIX, o Eu-enunciador soube que foi amaldiçoado e que aquele novo relacionamento não daria certo.

O “tiro no escuro” é muito claro para perceber as incertezas que aquele relacionamento estava destinado. Ao dar um tiro no escuro, você não terá certeza do sucesso, além disso, se aquela era a sua única alternativa, você falhou. Assim, resume a visão de que o relacionamento foi uma tentativa falha desde o começo, uma chance perdida, como um disparo no escuro, sem direção ou certeza de sucesso.

Nas estrofes a seguir é possível perceber as fragilidades desse envolvimento:

Em um carro de fuga (oh, woah) 

Não, nunca chegam longe (oh, woah) 

Não, nada de bom começa em um carro de fuga

Foi o grande escape, a fuga da prisão 

A luz da liberdade no meu rosto 

Mas você não estava pensando 

E eu estava apenas bebendo 

Bem, ele estava correndo atrás de nós, eu estava gritando: Vá, vá, vá! 

Mas com três de nós, querido, é um show paralelo 

E um circo não é uma história de amor 

E agora nós dois estamos arrependidos 

(Nós dois estamos arrependidos)

X marca o local onde nos separamos 

Ele envenenou o poço, é cada um por si 

Eu soube desde o primeiro Old Fashioned, fomos amaldiçoados 

Isso te acertou como um tiro de espingarda, um tiro no coração (oh!)

Você estava dirigindo o carro de fuga

Estávamos voando, mas nunca chegamos longe 

Não finja que é um mistério 

Pense no lugar onde você me conheceu pela primeira vez 

Andando em um carro de fuga 

Havia sirenes nas batidas do seu coração 

Deveria saber que eu seria a primeira a partir 

Pense no lugar onde você me conheceu pela primeira vez

Em um carro de fuga (oh, woah) 

Não, nunca chegam longe (oh, woah) 

Não, nada de bom começa em um carro de fuga

Versos como “Não, nunca chegam longe”, “Não, nada de bom começa em um carro de fuga” “Foi o grande escape, a fuga da prisão”, “Pense no lugar onde você me conheceu pela primeira vez” e outros ao longo da canção revelam, de fato, como esse relacionamento estava fadado ao fracasso. Reconhecer que nada bom começa em um carro de fuga e que aquele relacionamento, envolvendo muitos sentimentos, apenas serviu como um escape para sair de uma “prisão” foi uma das atitudes mais honesta que o Eu-lírico pôde ter.  Ademais, há, novamente, uma tentativa do Eu-lírico se explicar no verso “Pense no lugar onde você me conheceu pela primeira vez”; ou seja, a voz poética pede que o outro lembre do lugar e das circunstâncias em que os dois se conheceram.

A traição: “nada bom começa em um carro de fuga

“Havia sirenes nas batidas do seu coração”

Muito longe de querer dizer que o Eu-lírico ficou com outra pessoa enquanto estava em um relacionamento, mas a traição aqui é no sentido de alguém enganar e usar uma pessoa como um escape.

O “X” é o momento marcado pela separação entre o casal de fugitivos. Nos versos “Éramos classe alta, Bonnie e Clyde//Até eu mudar para o outro lado, para o outro lado//Não é surpresa, eu te entreguei//Porque nós traidores nunca ganhamos” é possível perceber a referência ao casal de criminosos e fugitivos Bonnie e Clyde e em como o Eu-lírico decide atravessar para o outro, colocando um ponto final naquele envolvimento. Esses versos marcam a ponte da música, aquele momento que se fosse um filme, seria o clímax e os telespectadores estariam vidrados de atenção na tela.

A referência ao casal de criminosos vem com alusão ao momento exato em que, mesmo estando no ápice, o Eu-lírico não iria conseguir sustentar e levar adiante aquela relação, que desde o início, não começou bem. Assim como Bonnie e Clyde, cujo destino trágico foi selado pela vida de crimes e fugas, o Eu-lírico sabia que o seu destino naquela relação estava caminhando cada vez mais para um fim trágico

O momento da separação, simbolizado pelo “X”, é, portanto, o ponto central na vida do Eu-lírico, porque é ali que ele encontra a liberdade que precisava desde o seu antigo envolvimento e onde percebe que a realidade não pode mais ser ignorada. A mudança para o outro lado, mais que física, também emocional, simboliza as decisões que o Eu-lírico precisou tomar e encarar, ao terminar com aquele relacionamento. Do lado físico, ele decidiu seguir outro caminho; já do lado emocional, ele tomou a decisão de terminar.

O gesto de “trair” e entregar o seu parceiro seria uma alegoria de que, em um relacionamento construído sobre mentiras e traição, não há vencedores. O rompimento do relacionamento seria, portanto, inevitável, uma vez que as ilusões sobre a paixão e a aventura não podem mais sustentar a verdade dolorosa de que o relacionamento foi, desde o início, condenado a um fim trágico.

A tão sonhada liberdade: “Eu estava chorando em um carro de fuga

“Estou em um carro de fuga//Eu te abandonei no bar do hotel

 Apesar de ter sofrido e ferido alguém, a liberdade enfrentada pelo Eu-lírico é um dos momentos mais marcantes em toda a música, porque é ali, de fato, que ele conseguiu a sua liberdade. Os versos “Estou em um carro de fuga//Eu te abandonei no bar do hotel//Coloquei o dinheiro em um saco e roubei as chaves//Essa foi a última vez que você me viu” marcam o momento em que o Eu-lírico, novamente, foge de um relacionamento, mas, dessa vez, com a certeza de suas atitudes.

O verso “Estou em um carro de fuga” simboliza um alívio ao afirmar que está sozinha em um carro, deixando para trás tudo aquilo que o prendia. O verso que vem a seguir “Eu te abandonei no bar do hotel”, indica a marca do “X” mencionada anteriormente. O fato de ter deixado alguém significa que o Eu-lírico seguiu sozinho. Mesmo sabendo que nada bom começa em um carro de fuga, esse sujeito poético parece ter compreendido que talvez estar em um carro de fuga sozinho não seja tão ruim quanto estar acompanhado.

O dinheiro, aqui, portanto, vejo como um símbolo do valor das experiências vividas, das lições e das consequências acumuladas. Ao “roubar as chaves”, o Eu-lírico toma controle da situação, deixando para trás o que o prendia – a relação e as circunstâncias que o mantinham aprisionado, novamente, em um relacionamento.

As consequências da liberdade

Os últimos versos da música “Eu estava andando em um carro de fuga//Eu estava chorando em um carro de fuga//Eu estava morrendo em um carro de fuga//Disse adeus em um carro de fuga//Andando em um carro de fuga//Eu estava chorando em um carro de fuga//Eu estava morrendo em um carro de fuga//Disse adeus em um carro de fuga”, marcam o preço emocional e psicológico que o Eu-lírico teve que pagar ao tomar a decisão de fugir sozinho. O “chorando” e “morrendo” posto pelo Eu-lírico indicam o sofrimento profundo e a perda que acompanha a fuga, sugerindo que, embora a decisão de partir tenha sido tomada em busca de liberdade, ela também veio carregada de dor e consequências.

Em conclusão, a música Getaway Car, de Taylor Swift é uma reflexão sobre os conflitos internos e as consequências emocionais de se tentar escapar de um relacionamento tóxico. A música ilustra, de forma profunda e angustiante, como a busca por liberdade pode ser ao mesmo tempo libertadora e dolorosa. Além de trazer alusão ao fato de usar alguém para fugir de uma situação pode te colocar em outra prisão. O Eu-lírico, ao fugir, vê-se preso em uma espiral de arrependimento, tristeza e solidão, pagando o preço por suas escolhas. A metáfora do “carro de fuga” encapsula essa dualidade — um meio de escape que, paradoxalmente, também simboliza a perda e o sofrimento.

As interfaces entre a música Getaway Car, de Taylor Swift e o casal de criminosos Bonnie e Clyde

Éramos classe alta, Bonnie e Clyde//Até eu mudar para o outro lado

Em sua canção, Swift utiliza essa metáfora do “carro de fuga”, fazendo alusão ao casal de criminosos Bonnie Parker e Clyde Barrow, conhecidos na década de 19[30] pelos seus crimes e fugas. A relação com a música está em como ambos utilizam um carro como um escape, físico e emocional, mas sem levar em consideração as consequências de suas ações futuras.

Em uma breve pesquisa, vi que o site Aventuras na História coloca Bonnie e Clyde como “sendo considerados um dos casais de criminosos mais conhecidos da História.” Seria, então, essa a “classe alta” posta por Swift em sua música?

Assim como o Eu-lírico da música, Bonnie Parker também teve um relacionamento antes de conhecer Clyde Barrow, no entanto, o casamento não deu certo, e os dois acabaram se separando. Apesar de nada bom começar com roubos, após se conhecerem, Bonnie e Clyde acabam se envolvendo, tornando-se um dos casais de criminosos mais famosos dos EUA.

Assim como o Eu-lírico da canção de Swift, o casal de criminosos parecia ter um destino traçado pela busca incessante por liberdade e adrenalina. As várias fugas vividas por Bonnie e Clyde evidenciam como eles levavam a sua vida e o seu relacionamento. Por isso, assim como o casal da canção, o final de Bonnie e Clyde foi trágico. Tanto na canção de Taylor Swift quanto na história de Bonnie e Clyde, observamos uma reflexão sobre os riscos e ilusões de buscar a liberdade a qualquer custo e as consequências de seus atos.

Você concorda com essa interpretação? Qual música você gostaria de ver por aqui?

Fontes

BARTHES, Roland. A morte do autor. São Paulo: Brasiliense, 1988. 70 p.

BONNIE e Clyde, o casal fora-da-lei que virou lenda nos EUA. [S. l.], 23 dez. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/bonnie-clyde-o-casal-fora-da-lei-que-virou-lenda-nos-eua#google_vignette. Acesso em: 3 dez. 2024.

CASAL criminoso: O passado de Bonnie e Clyde antes dos crimes. [S. l.], 28 jul. 2022. Disponível em: https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/almanaque/casal-criminoso-o-passado-de-bonnie-e-clyde-antes-dos-crimes.phtml#google_vignette. Acesso em: 30 nov. 2024.

COMO FAZER o Old Fashioned Perfeito. [S. l.]. Disponível em: https://www.absolutdrinks.com/pt/drinks/old-fashioned/#:~:text=O%20Que%20%C3%A9%20um%20Coquetel,s%C3%ADmbolo%20da%20tradi%C3%A7%C3%A3o%20e%20refinamento. Acesso em: 30 nov. 2024.

‘ENVENENAR o poço’: a tática de guerra usada pelo Estado Islâmico. [S. l.], 5 julho 2021. Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119259-envenenar-o-poco-a-tatica-de-guerra-usada-pelo-estado-islamico.htm. Acesso em: 30 nov. 2024.

Getaway Car – Taylor Swift. [S. l.]. Disponível em: https://www.letras.mus.br/taylor-swift/getaway-car/. Acesso em: 30 nov. 2024.

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